Anúncio da abertura do programa VITIS pelo Secretário Regional da Agricultura e Florestas

Nova portaria do VITIS é mais uma oportunidade para crescimento da vitivinicultura nos Açores, afirma João Ponte

O Secretário Regional da Agricultura e Florestas afirmou que o regime de apoio à reestruturação e reconversão de vinhas (VITIS), cujas normas de execução no período 2019/2023 foram hoje publicadas em Jornal Oficial, é mais uma oportunidade para o crescimento da vitivinicultura nos Açores.

Para João Ponte, está em causa uma nova possibilidade para os produtores poderem continuar a reconverter as suas vinhas e prosseguirem o “grande trabalho” que tem vindo a ser realizado nos Açores, com impacto muito positivo na economia e na paisagem.

“Ao abrigo do VITIS já foram investidos cerca de 21 milhões de euros, que permitiram reconverter e preservar quase 800 hectares de vinha, mas existe ainda um grande potencial de produção em várias ilhas”, referiu João Ponte.

De acordo com as áreas de vinha nos Açores declaradas no Sistema de Informação da Vinha e do Vinho (SIVV), a ilha de Santa Maria, por exemplo, tem uma taxa de vinha não recuperada de 100%, São Miguel de 93% e a Terceira de 85%.

O governante adiantou que, mesmo no caso da ilha do Pico, que já tem uma área de produção de vinho recuperada através do VITIS de 736 hectares, existe ainda 30% de vinha para recuperar.

João Ponte salientou que a nova portaria contempla um conjunto de alterações que vão permitir impulsionar o desenvolvimento do setor vitivinícola para além da ilha do Pico.

O Secretário Regional destacou que será dada prioridade a projetos que surjam em ilhas como a Terceira, Graciosa, São Jorge, Faial, São Miguel e Santa Maria, todas com potencial vitivinícola que merece ser mais aproveitado e desenvolvido.

Por forma a responder às especificidades do território da cultura da vinha em Santa Maria, a portaria prevê uma discriminação positiva ao nível dos apoios para projetos de investimento que venham a ser aprovados oriundos desta ilha.

João Ponte frisou ainda que a portaria define o alargamento do período de obrigatoriedade de manutenção da parcela de vinha objeto de apoio no âmbito do VITIS em exploração normal de sete anos após a aprovação do projeto para 10 anos após a plantação da vinha.

De acordo com João Ponte, a portaria pretende privilegiar os projetos que apostem nas denominadas castas tradicionais.

“Com estas medidas, o Governo dos Açores considera que estão a ser dados passos importantes, desde logo, para o desenvolvimento da vitivinicultura em toda a Região, bem como para proteger as castas tradicionais e garantir a sustentabilidade deste setor”, afirmou João Ponte.